O juiz apitou o final. Acabou. Melhor, começou. Estávamos na
final, éramos 30 milhões aos prantos, vendo o nosso maior amor, que a pouco
havia se tornado centenário chegando tão longe.
Estávamos ali, todos, em lugares distantes, alguns sozinhos em frente à
TV, outros enroscados ao alambrado chorando copiosamente, estávamos na final. O
sonho a muito distante estava perto de se realizar, a América seria enfim
nossa.
Com o apito final as lembranças voltavam. Tantos jogos,
títulos, derrotas, choros. Tantas Libertadores, tantos de nós. Era a nossa
final, era o Corinthians.
Estivemos sempre juntos, contra tudo e contra todos. Sempre
fomos o time mais invejado, o mais achincalhado, o mais odiado, e claro o mais
AMADO, não se esqueça, AQUI É CORINTHIANS. Nossos guerreiros travaram batalhas
épicas, e com a nossa força embutida fizeram o impossível acontecer, com garra
e superação chegamos aqui, essa é a nossa hora.
Desacreditados, e a cada rodada íamos chegando mais perto. A
primeira fase era passado, e como o segundo melhor time da competição mostramos
que tínhamos muito que mostrar. Era
aquele o momento pra que cada corintiano entendesse que dessa vez seria
diferente. Contra o Emelec todos diziam que não seguiríamos, contra o juiz e
contra o resto do país, passamos. Contra o Vasco foi pura adrenalina, na raça,
com o coração, pra mim o jogo mais difícil, com direito a gol no fim do jogo e
uma defesa milagrosa do nosso arqueiro. Lembro-me daquela cena que vai ficar
eternizada na cabeça da fiel, o Paulinho vibrando na grade com a torcida e o
Tite abraçado com a Fiel, aquilo era o Corinthians, mais uma vez seguimos em
frente.
Semifinal, Santos. O time da estrela brasileira, o atual
campeão da competição, nosso rival antigo. Iria ser guerra, e como sempre a
Fiel se uniu. Juntos não paramos de gritar, de apoiar, de ser Corinthians.
Naquela quarta, quando vi a bola do Emerson entrando na gaveta meu grito foi
alto, não consegui me conter, era tão bom que meu coração corintiano tão
sofrido não se permitia acreditar, a final estava próxima. Faltavam ainda 90
minutos, e no Pacaembu seria diferente. A semana voou, o jogo chegou, com
aquele golaço do Danilo pude entender, a América seria nossa. Apito final, o
sonho começou, éramos finalistas da tão sonhada Libertadores. Que viesse o todo
poderoso Boca, era a nossa hora, seria na garra, na luta, seria no jeito
Corinthians.
Na La Bombonera, pressão daquelas. O país contra um time,
pela primeira vez o Brasil era argentino. A semana foi tensa, o jogo nervoso.
Só dava Boca, o Timão estava encurralado, mas com força não desistimos. Levamos
o gol, mas na adversidade os vencedores aparecem. Entra o Romarinho, no
primeiro toque Gol. Só se ouvem gritos, o empate veio e o gosto era de vitória.
O último capítulo seria em casa. A semana demorava passar, tive tantos sonhos.
Vi os minutos passarem, sentia o título próximo. Emerson, o Sheik, o iluminado,
o cara. 2 gols, um sonho, agora realidade. Com o coração na boca, lágrimas nos
olhos, calado. Agora era real, a América é nossa. Amigos, aqui é Corinthians,
aqui é amor, aqui tem um bando de loucos, felizes e invictos.
Parabéns pelo texto, Dan.
ResponderExcluirDescreveu bem nosso sentimento.
É AMOR QUE NÃO SE MEDE O QUE A GENTE SENTE PELO SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA! Foi uma conquista inesquecível e merece toda comemoração, mas é apenas mais um capítulo da nossa grandiosa história. Muitas outras virão.
Que honra fazer parte de tudo isso!
Corinthians, tú es orgulho! <3
Jana Ballack ;)
Jana, a América é nossa e que venha o mundial. Corinthians com orgulho sempre! Beijo
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