sábado, 8 de dezembro de 2012

Voltar, te achar e ficar.


Eles já não se viam mais, desde aquele dia chuvoso de Novembro, quando ele se via olhando o entardecer e ela se virando pra esconder as lágrimas que lhe tomavam a face. Só Deus sabe como foi difícil partir e deixar tudo pra trás mas algumas coisas não se explicam, e mesmo que o coração insista em gritar você se cala e vai.
Foi como procurar por tudo que estava perdido e encontrar numa fração de segundos, era assim que ele se sentiu ao vê-la ali em sua frente, tão mudada mas tão ela mesma, o tempo havia lhe feito muito bem, seus cabelos cresceram mas seu sorriso ainda era de tirar o fôlego, ela sabia como deixá-lo sem ação.
Ele continuava ali, ainda parado olhando pra ela, perdido em todas as vezes que estiveram juntos, relembrando beijos, carinhos, momentos. Não havia medo em seus olhos, nem mágoas, eles se conheciam tanto, se queriam tanto, que nem o tempo conseguia apagar o que havia ali.
Ela se arrependia, se culpava e não entendia como conseguiu ficar tanto tempo longe dele, se sentia só quando olhava suas fotos, chorava cada vez que ele atendia seus telefonemas no meio da noite e desligava quando percebia quem era. Nem todas escolhas feitas iremos entender, nem sempre acertamos mas ela sabia que se fosse pra ser ele tudo iria se encaixar, e o destino não iria falhar.
Não disseram nada, nem precisariam dizer pra entender o que o silêncio já dizia. Um abraço apertado. Um beijo demorado. Um minuto pra ser lembrado. Já não havia mas passado que os fizessem pensar, duvidar ou quem sabe não querer ficar, eles se amavam e isso ninguém iria explicar. As histórias de amor sempre nos pregam peças mas no fim o que é seu vai ficar, vai voltar, vai te achar.

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